Com o intuito de alertar de que o tempo que melhor vivemos é aquele que vivemos com qualidade, nasce o projecto “Saber Viver”.

É de realçar que os idosos de hoje foram os jovens de ontem e, como tal, eles são portadores de imensas memórias que constroem a sua história de vida. Nessas memórias estão presentes os filhos que tiveram e criaram, assim como todos aqueles que participaram na sua vida. É neste contexto, e porque eles tudo fizeram para que os seus soubessem viver o presente, que nós enquanto seus descendentes temos de lhes mostrar que a vida contínua. Que existem muitas coisas que eles podem fazer e em que podem participar, de forma a melhorar a sua vida, não deixando apenas passar os anos.

Neste sentido, desenvolvemos o nosso projecto com a Santa Casa de Misericórdia de Portalegre, a fim de oferecer aos seus utentes novas experiências, de criar dinâmicas que apelam à criatividade, e ao mesmo tempo despertar o interesse da comunidade de Portalegre para assistir ás potencialidades desta geração.

Assim, o projecto assenta na elaboração de trabalhos manuais a realizar com os idosos, actividades desportivas, momentos de leitura e jogos tradicionais, para que numa etapa final todas esta actividades (bens e serviços em termos de Mercado da Solidariedade) sejam partilhadas e conjugadas com mais duas instituições de Portalegre (o Internato Distrital da Nossa Senhora da Conceição e Centro Popular dos Trabalhadores dos Assentos), a partir do Mercado da Solidariedade.


Fotografias da Intervenção

20 de maio de 2008

Historial e Caracterização

Existe um leque de historial sobre a Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, contudo achámos pertinente focar apenas os pontos mais importantes que nos guiem até aos dias de hoje.

A Misericórdia surgiu em Portalegre, segundo o autor Rodrigues Gusmão, em 1501 possuindo a sua sede inicial no antigo templo de S. João Baptista, na Rua da Figueira.

Porém, como descreve António Lino Neto, alguns anos antes da criação da Misericórdia já existia uma albergaria ao fundo da Rua Direita. Esta terá sido criado por dedicação da Confraria de Nossa Senhora do Castelo, ou da Alegria, que posteriormente terá desaparecido para dar lugar à Fundação da Casa da Misericórdia.

O primeiro provedor da Casa da Misericórdia foi Lopo Ribeiro, filho de Lopo Lopes Ribeiro, que decidiu mudar a Misericórdia para o Rossio, onde ainda hoje se situa, na Avenida da Liberdade 24/6.

Esta instituição tem como principal objectivo praticar a Solidariedade Social, estando dotada de oito valências:
  • LAR – Tem capacidade de albergar 78 utentes colectivamente em situação temporária ou permanente.
  • CENTRO DE GRANDES DEPENDENTES – Centro colectivo, para idosos em situação de dependência, alojados temporária ou permanentemente. Tem capacidade para 19 utentes.
  • LAR RESIDÊNCIAL – Tem capacidade de alojar 10 jovens maiores de 16 anos e adultos, portadores de deficiência.
  • CENTRO DE DIA – Dá a oportunidade ao idoso de permanecer no seu seio familiar, podendo passar o dia na instituição, onde usufruem de um conjunto de serviços. Tem capacidade para 20 utentes.
  • APOIO DOMICILIÁRIO – Presta cuidados alimentares, higiene pessoal e habitacional e trata da roupa de 80 utentes na sua habitação própria.
  • APOIO DOMICILIÁRIO INTEGRADO – Presta cuidados de saúde no domicílio de 16 utentes.
  • CENTRO COMUNITÁRIO DOS ASSENTOS – Tem o objectivo de construir um pólo de Animação entre os seus utentes, com vista à prevenção de problemas sociais e ao desenvolvimento local. Desenvolvem serviços e actividades de forma articulada abraçando uma população de 50 utentes.
  • UNIDADE DE APOIO INTEGRADO – Apoia os que, por avaliação da Equipa de Cuidados Integrados necessitam de cuidados temporários, globais e integrados a pessoas que sofrem de dependência mas, que não carecem de cuidados clínicos em internamento hospitalar. É domiciliário e tem a capacidade de apoiar 10 utentes.

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